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Testemunhas

 
Santa Teresinha
do Menino Jesus

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Santa Teresinha do Menino Jesus a Portugal

   
 

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TESTEMUNHAS

  Figuras QUE AMARAM Teresa e a seguiram
  O que disseram os Papas
  Os Intelectuais - Milhares de intelectuais amaram-na e apreciaram-na
  Artistas e outros - A diversidade dos que se sentiram fascinados por
                              S. Teresinha não deixa de nos assombrar

  Portugueses QUE AMARAM S. Teresinha
  Cardeal Cerejeira


Figuras
QUE AMARAM Teresa
e a seguiram


S. Rafael Kalinowski,
Carmelita (1835 – 1907)

Foi canonizado em 1991. Inicialmente S. Teresinha pareceu-lhe um pouco «insípida». Porém, a Santa faz-lhe um grande favor, em 1902 escreveu uma carta ao Carmelo de Lisieux uma carta de «reparação».


S. Teresa de Jesus dos Andes
Noviça Carmelita (1900 – 1920)

Foi canonizada em 1993. «A pequena Teresa do Chile» em sua vida sentiu-se sempre irmã da sua irmã francesa.


Bem-aventurada Isabel da Trindade
Carmelita de Dijon (1880 – 1906)

Foi beatificada em 1984. Era assídua leitora da História duma Alma. Em 1901 ingressou no Carmelo abandonando a carreira de pianista.


S. Teresa Benedita da Cruz
Carmelita (1891 – 1942)

Foi canonizada em ---------. Era de origem judia, professora, filósofa e discípula de Husserl. Converteu-se ao Cristianismo depois de ter lido o Livro da Vida de s. Teresa de Jesus. Ingressou nas Carmelitas de Colónia em 1922. Foi deportada para Auschwitz, onde morreu mártir.


Bem-aventurado Daniel Brottier
Missionário da Congregação do Espírito Santo,
no Senegal (1887 – 1936)

Foi beatificado em 1984. Protegido por S. Teresinha durante a Guerra de 1914-18. Em 1923 foi nomeado director da Obra dos Órfãos Aprendizes de Auteuil. Confiou esta obra a S. Teresinha e consagrou-lhe uma igreja em Paris.


S. Maximiliano Maria Kolbe
Franciscano (1870 – 1941)

Foi canonizado em 1982. Morreu mártir num bunker de Auschwitz.


S. Faustina Kowalska
Religiosa da Congregação da Divina Mãe da Misericórdia
(1905 – 1938)

Canonizada a em --------------. Mulher polaca, fervorosa devota do Amor Misericordioso, na vida íntima quotidiana.


Padre Lagrange (1855 – 1938)

Dominicano, fundador da Escola Bíblica de Jerusalém. Costumava dizer que S. Teresinha o havia impedido de se converter «num velho traste» de biblioteca.


D. Manuel Mendes da Conceição Santos
Arcebispo de Évora (1876 – 1954)

Era três anos mais novo que Santa Teresinha e 15 que Paulina, a Madre Inês, com quem se correspondeu epistolarmente. Em 1928 foi admitido na União Sacerdotal dos Irmãos espirituais de S. Teresinha do Menino Jesus. Não se sabe quando começou a sua devoção (mas crê-se que seja posterior á sua beatificação, ocorrida em 1923), pois a edição portuguesa da História duma Alma só apareceu em 1906.

Em 1923 foi eleito bispo de Évora. Em 1925 entronizou a primeira imagem de S. Teresinha na diocese, precisamente no seu coração: o seminário. A 29 de Abril de 1928 inaugurou o culto na Basílica Metropolitana com um solene pontifical. Entretanto, era incansável animando os párocos a que se determinassem a entronizar a imagem de Teresinha nas suas igrejas paroquiais.

A ele se deve a origem da devoção a S. Teresinha do cardeal Cerejeira. E quando este promover a construção de um santuário de Santa Teresinha logo D. Manuel Mendes se inscreverá com uma oferta de 50$00.

Passou a espiritualidade teresiana à geração das Juventudes Católicas, que ajudou a educar, pois foi o seu primeiro Assistente Nacional.

Fundou a obras das Servas da Santa Igreja, em quem procurou infundir o caminho da Infância Espiritual, apresentando Teresinha como modelo a seguir, na simplicidade e no escondimento.

Toda a sua vida de bispo foi encomendada a Santa Teresinha, através do Carmelo de Lisieux. Nela, «a Irmãzinha do Céu», depunha enorme confiança. Porém, algumas vezes, o Arcebispo sofre a noite obscura sentindo-se abandonado de Teresinha e, como beduíno do deserto anseia pelo oásis suplicando-lhe a «chuva de rosas».


Ven. Padre Eugénio Maria do Menino Jesus
Carmelita (1894 – 1967)

Autor do livro «Quero ver a Deus». Fundador do Instituto Secular Nossa Senhora da Vida. Descobriu S. Teresinha em 1908. Leu-a continuamente, pelo que ela fazia parte das suas pregações.


Marta Robin (1902-1981)

Fundadora dos Lares da Caridade.
A sua vida muito deve a S. Teresinha.


Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)

Missionária da caridade.  Seguiu Teresinha, imitou a sua vida silenciosa e escolheu o seu nome na Vida Religiosa.


Mons. Ilídio Fernandes
Diocese de Lamego, n. 1913

Fundador do Centro de Promoção Rural consagrado à promoção da mulher lamecense. Grande e ardente devoto de S. Teresinha, e peregrino de Lisieux. Conheceu-a no seminário onde leu a História duma Alma. Na sua Obra de promoção da mulher propunha o vigor e ardor de S. Teresinha como modelo a seguir. E não lhe era suficiente falar da sua Santa Fantástica, inclusivé peregrinava a Lisieux com as formandas do Centro. Nas dificuldades ainda hoje lhe solicita protecção rezando-lhe diante duma pequena imagem, que sempre guardou consigo toda a vida.

Continua a publicar pequenos escritos sobre S. Teresinha na imprensa regional.

Muitos outros foram discípulos de S. Teresinha. Podemos evocar, por exemplo, o Cardeal Suhard; Dom Chautard; Dom Lehodey; Tomás Merton; o P. Poppe; o «pequeno» Marcel Van.

 

O que disseram os Papas


SÂO PIO X

«S. Teresinha é a maior santa dos tempos modernos!»


BENTO XV

«Desejamos que o segredo da santidade da Irmã Teresa do Menino Jesus não fique escondido para nenhum dos nossos filhos». (1921)


PIO XI

«Desde o escondido da clausura, Teresa fascina hoje o mundo sob a magia do seu exemplo; exemplo de santidade que todo o mundo pode e deve seguir, pois todo o mundo deve entrar pelo ‘pequeno caminho’, caminho de simplicidade de ouro que nada tem de infantil senão o nome. Neste ‘caminho da infância espiritual’ a ‘pequena Teresa’ é hoje a ‘Grande Santa Teresa’. (1925)


CARDEAL PACELLI
FUTURO PIO XII

«Teresa é a mais ilustre taumaturga dos tempos modernos.»
(23 de Março de 1938)


ANGELO GIUSEPPE RONCALLI,
PAPA JOÃO XXIII

«Jamais cessarei de louvar e exaltar a Pequena Grande Santa que foi verdadeiramente, e assim a considero, a estrela propícia da minha missão em França. Está-se bem junto ao seu altar, na capela que lhe foi dedicada em Ankara , no centro da Turquia. Foi ali que me despedi do Oriente onde passei vinte anos do meu ministério apostólico. Cada dia eu olhava a sua imagem de mármore que se encontrava na Nunciatura na minha capela privada. Mas há mais, e melhor: a minha oração eleva-se para o seu espírito a quem confio as minhas dificuldades e os esforços do meu ministério de reconciliação e de paz que essa é a minha missão ao serviço da Santa Igreja e também da França.


PAULO VI

«Deveis saber que fui baptizado em 1897, no dia em que morria em França a mais tarde conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus. Nos apontamentos privados que Teresa escreveu antes da sua morte há um que diz o seguinte: «Depois de morrer eu gostaria de ter em cima do meu leito pequenos meninos baptizados.»

Durante a sua peregrinação a Roma, Teresa encontrou-se com muitos sacerdotes medíocres. Porém, em lugar de os criticar decide não os ficar a ver de longe, mas desde o amor. Por isso vou ler-lhes o que ela escreveu na História duma Alma, referindo-se a este facto: «compreendi que o Amor encerra todas as vocações, que era tudo, que abraçava todas as épocas e todos os lugares. Então, exclamei: ‘encontrei o meu lugar na Igreja. Eu serei o Amor.’»

[Segundo Jean Guitton que relatou este facto, Paulo VI não leu o texto em francês, mas na versão latina que tinha escrita no seu breviário]


ALBINO LUCIANI,

FUTURO JOÃO PAULO I

«Querida pequena Teresa! Eu tinha 17 anos quando li a tua biografia. Isso produziu em mim o efeito dum trovão. Tu intitulás-te-a como ‘história primaveril duma florzinha branca’; a tua biografia pareceu-me como a história duma barra de aço que — pela decisão e valentia que mostrava — expressava força de vontade. A partir do momento em que tu escolheste o caminho da consagração total a Deus nada poderia suster-te: nem a doença, nem as oposições do mundo exterior, nem as turbulências nem a obscuridade interior.»


JOÃO PAULO II

«A santa padroeira das missões é da vossa terra. Desde Lisieux, S. Teresa do Menino Jesus e da Santa Face fez resplandecer no mundo o seu ardor missionário. O seu ensinamento espiritual, cheio de luminosa simplicidade, continua a animar os fiéis de todas as condições sociais e culturais. É justo que lhe peçamos ajuda para os católicos de França afim de que sigam o seu caminho de santidade desenvolvendo a solidariedade com os sues irmãos da Europa, de África e de outros lugares do mundo e repartir a graça recebida de Cristo, nosso Salvador.» (1992)

 

Os Intelectuais

 

Milhares de intelectuais amaram-na e apreciaram-na. 


GEORGE BERNANOS

«A mensagem que esta santa traz ao mundo é, sem dúvida alguma, um dos mais misteriosos e urgentes que o mundo jamais recebeu. O mundo está a morrer porque perdeu o espírito de infância, que é algo muito contrário ao espírito dos totalitarismos que se ocupa da preparação de canhões e tanques.»


GILBERT CESBRON

«A obra de teatro ‘Partir a Estátua’ escrevi-a em honra daqueles para quem a imagem, a reputação e a idolatria da ‘Pequena Teresa’ dariam bastas náuseas. Eu era um desses! Até ao dia em que começando a casa pelo telhado eu me decidi a ler a sua biografia.»


Paul Claudel

«Eu tive a minha conversão no mesmo dia que a Irmã Teresa do Menino Jesus: o dia de Natal de 1886.»


François mauriac

«Se tu soubesses até que ponto Cristo é doce, como se revela aos pobres de coração manchados e derrubados. O amor existe, é a única realidade. Nunca é tarde para se tentar ser santo. Até o maior pecador cujos pecados atirou sobre Cristo, ao libertar-se deles, pode aspirar à pureza e a perfeição. Na pequena Teresa do Menino Jesus [...] descobri o verdadeiro rosto martirizado e a maravilhosa infância. Ela própria dizia que se tivesse cometido todos os pecados mortais do mundo não teria menos confiança e amor...»


THOMAS MERTON
(escritor americano convertido em monge)

«Na ordem sobrenatural, a grande graça que recebi, nesse mês de Outubro, foi descobrir que Teresa de Lisieux é uma santa autêntica e não uma pequena e muda beata para velhas sentimentais. E não apenas é uma santa, mas uma grande santa, uma santa extraordinária. Eu peço-lhe mil vezes perdão e ofereço-lhe pública reparação por a ter ignorado durante tanto tempo.»


JULIEN GREEN

«Se reparardes bem Santa Teresa de Lisieux não pode ver um lugar comum, porque logo lhe salta por cima como se saltasse sobre uma presa, mas fá-lo duma forma grácil e louçã.

[Vou citar Teresinha de memória, esperando não me equivocar:] ‘Vale mais pobre mas próximo de Deus, que rico vivendo sob os mais ricos enfeites do mundo.» Como podemos sorrir? Teresinha jamais teve consciência de que Cristo lhe falara. Não teve o que se chama consolações. Apenas compreendia bem o Evangelho e a Imitação de Cristo. Porém, ‘Ela temo infinito no seu coração.’»


CATHERINE RIHOIT

«Se muito se desconhece da ‘Pequena Teresa’ é por a terem comparado e oposto à ‘Grande Teresa’. Isto foi um erro muito grande, pois não se compreendeu que Teresa de Lisieux tirou a sua força da sua fragilidade. Nem vale a pensa recordar como a sua vida está em completa contradição com o mundo de hoje que apenas promove a ideia de que temos de ser mais fortes e os primeiros em tudo.
Para mim, Teresinha é uma pessoa formidável. Ela diz-me: você tem direito a ser frágil; e assim como ela eu posso tirar forças da fragilidade sem vergonha alguma. Admiro o seu amor à vida, as suas gargalhadas e o seu humor.
»


MARIE-NOËL
(Poetisa)

«Oh ! A Pequena Teresa que nunca falou a ninguém, e agora conduz as multidões para Deus! (1917)

Já lá vão duzentos ou trezentos anos em que a França apenas foi doutrinada por doutores severos que pregavam, ameaçavam e castigavam... Não admira que até a Pequena Teresa tenha começado a virar costas a Deus, como se Ele fosse um velho e desagradável mestre.

Foi assim que a França começou a fazer gazeta. Então, para a fazer regressar à escola deus enviou-lhe uma jovenzinha com um cestinho de rosas.

Teresinha é a minha companheira do Paraíso.» (1936)


Didier Decoin

«Para mim, Teresinha é a verdadeira Santa da Fé. Será a minha última amiga e o meu último sacerdote, a minha última tranquilidade, o meu guia, a minha última fortuna de encontrar calor por entre os blocos de gelo, será o meu último encontro antes de me apresentar diante de Deus.»


EAMMANUEL MOUNIER

«Vivemos uma época em que o espírito pequeno-burguês aparece como o antípoda mais triste da vida cristã. Não será isto um ardil do Espírito Santo, um paradoxo da Misericórdia, que escondeu os mistérios da mais alta chama de amor sob aparências banais?»


JEAN GUITTON

«O mais estranho em Teresinha é a autoridade com que ensina o seu caminho, o seu carreirinho, apesar de ser tão jovem e tão pouco letrada. Por causa deste carácter de radical autoridade, apesar da sua inexperiência, olhando-a, pode pensar-se em Joana d’Arc. Teresinha é uma menina sem infância e fora da infância.»


JOHN WU
(Intelectual chinês)

Que valentia a desta jovem! É o que eu penso. Se a julgarmos pelas suas palavras ,nem um homem como eu deve desesperar.

Um dia perguntei a Yuan se tinha um livro simples sobre Santa Teresinha. Entregou-me a História duma Alma e eu lia com avidez. Esta leitura causou-me uma profunda e fortíssima impressão, que me obrigou a perguntar a mim mesmo: se este livro expressa o catolicismo, eu não vejo razão alguma que me impeça de ser Católico! Durante a leitura decidi converte-me ao catolicismo. A graça divina tocara o meu coração. De facto, nessas páginas eu encontrei a síntese viva de opostos extremos: a humildade e a audácia, a liberdade e a disciplina, a alegria e o sofrimento, o dever e o amor, a sabedoria e a loucura, a riqueza e a pobreza, a comunidade e o individualismo.

A meu ver Santa Teresinha parece-se a Confúcio e ao desprendimento filosófico de Lao Tzé. Eis uma jovem religiosa, morta na primavera da vida (24 anos!) e que alcançou o cume da perfeição! Qual era o seu segredo? Teria podido alcançar tal plenitude se não tivesse feito parte do Corpo Místico de Cristo?


HENRI BERGSON

Jeanne Bergson, com quem frequentemente me encontrei antes da sua morte, reiterou-me muitas vezes que  a mística preferida de seu pai [Henri Bergson]  não era a Grande Teresa, espanhola, mas Santa Teresa do Menino Jesus.

[Testemunho do Padre Pichard]

 

Artistas e outros

A diversidade dos que se sentiram fascinados por S. Teresinha não deixa de nos assombrar.


Simone berteaut
(Irmã de Edith Piaf)

Pouco depois do seu nascimento Edith Piaf teve uma catarata. Ninguém se apercebera! Ficou cega durante quase três anos. A Avó de Louise levou-a a Lisieux. Foi a partir dessa altura que ela começou a recuperar a vista. Foi um verdadeiro milagre para Edith Piaf. Ela sempre foi muito crente. É desde essa altura que lhe consagra uma verdadeira devoção. Traz sempre consigo uma medalhinha e na mesinha de noite do seu quarto tem sempre uma imagem da Santa.


CHARLES MAURRAS
(Fundador da L’Action Française)

É muitíssimo o que devo a Santa Teresinha. Ela é o meu «Anjo custódio». Possuo uma relíquia dos seus ossos que sempre trago comigo. Foi-me entregue pela Madre Inês com quem mantive correspondência até à sua morte.

Na História duma Alma há verdadeiros tesouros de sabedoria.»


Alain mimoun
(Muçulmano, campeão olímpico e mundial da maratona)

«Santa Teresa de Lisieux é a minha padroeira. As rosas brancas que plantei no meu jardim diante da sua imagem florescem quase durante quase todo o ano.»


André Levet

«Também eu sou filho da Pequena Teresa. Um dia, durante uma viagem pelas escolas e prisões juntamente com Jean François — Fundador de «As crianças da Luz» — parámos no Carmelo de Lisieux da Pequena Teresa. Ao passar a porta da capela senti um intenso perfume a rosas. Perguntei então aos que vinham comigo: ‘sentis o mesmo perfume que eu?’, mas nenhum deles sentia algo. Perguntei-lhes: ‘mas estais constipados, ou quê?’. Simplesmente eu não sabia o que havia de pensar. Foi então que Jean François me disse: «Não te perturbes. É assim que a Pequena Teresa saúda os seus filhos!’
No dia seguinte, para espanto meu, reparei que a medalhinha que trazia comigo desde o dia da minha conversão e que eu julgava ser de Maria, era, de facto, de Santa Teresinha do Menino Jesus! Desde então, a Pequena Teresa acompanha-me por todos os lugares e em todas as minhas orações.

E tal como Jacques Fesch, na véspera da sua execução, na prisão de Santé, há 28 anos: ‘Eu ponho a minha mão direita sobre a Santíssima Virgem e a minha mão esquerda em Teresinha, para que ambas me levem a Jesus.
»


JACQUES FESCH
(27 aos, guilhotinado no dia 1 de Outubro de 1957)

Jesus encontra-se a meu lado. Ele chama-me insistentemente para Ele. E eu não posso fazer mais que adorá-l’O em silêncio, desejando morrer de amor.

Como a Pequena Teresa do Menino Jesus, eu desejaria — a cada latido do meu coração —renovar a oferenda de ‘vitima de holocausto’ ao seu Amor Misericordioso.

É noite, e eu espero em paz. Espero o amor! Dentro de cinco horas verei Jesus!



Portugueses
QUE AMARAM S. Teresinha


Padre Cruz (1858 – 1948)

Foi um sacerdote querido de todos os portugueses, mesmo daqueles que se opunham à Igreja. Missionário de Portugal pela oração e pelo sacrifício, como Santa Teresinha. Tornou-se muito devoto de Santa Teresinha por influência, seguindo se crê, do Padre Santana. Em 1948 escrevia: «No próximo dia 3 de Outubro faz 49 anos que subiu ao céu a alma bendita de Santa Teresinha do Menino Jesus, a quem devemos pedir que nos alcance a graça de nos últimos momentos dizermos com ela: ‘Meu Deus, eu vos amo’.


P. Manuel Fernandes Santana, s. j. (1864 – 1910)

Iniciou os estudos teológicos em Cuenca e concluiu-se em Angers, onde lhe nasceu o interesse por Lisieux. Regressou a Portugal em 1897. Conheceu o original francês da História duma Alma de cuja leitura fruiu importante ajuda espiritual, e pôs em mente que tão mística obra deveria ser dada a ler aos portugueses. A edição que promoveu é raríssima — uma vez que não voltou a publicar-se —, e obteve a aprovação de todos os bispos portugueses, que, um por um, concederam indulgências a quem o lê-se.

Correspondeu-se com Lisieux e promoveu a difusão da espiritualidade de Teresinha quanto pôde.


Condessa de Sarmento

Foi leitora dos escritos de Teresinha. Conheceu os dois grandes devotos P. Manuel Santana e D. Augusto Eduardo Nunes. Contribuiu com um donativo de 16.000 francos para a causa da Beatificação.


D. Manuel Mendes da Conceição Santos
Arcebispo de Évora (1876 – 1954)
Cognominado «O Arcebispo de S. Teresinha»

Era três anos mais novo que Santa Teresinha e 15 que Paulina, a Madre Inês, com quem se correspondeu epistolarmente. Sentia-se fazer parte da «família de Lisieux». Em 1928 foi admitido na União Sacerdotal dos Irmãos espirituais de S. Teresinha do Menino Jesus. Ao registar-se na União Sacerdotal, registou: «Irmã celeste, oxalá eu te imite». Não se sabe quando começou a sua devoção (mas crê-se que seja posterior á sua beatificação, ocorrida em 1923), pois a edição portuguesa da História duma Alma só apareceu em 1906.

Em 1923 foi eleito bispo de Évora. Em 1925 entronizou a primeira imagem de S. Teresinha na diocese, precisamente no seu coração: o seminário. A 29 de Abril de 1928 inaugurou o culto na Basílica Metropolitana com um solene pontifical. Entretanto, era incansável animando os párocos a que se determinassem a entronizar a imagem de Teresinha nas suas igrejas paroquiais. Um dia escreveu na sua agenda: «A minha vocação é o amor». Como Santa Teresinha...

A ele se deve a origem da devoção a S. Teresinha do cardeal Cerejeira. E quando este promover a construção de um santuário de Santa Teresinha logo D. Manuel Mendes se inscreverá com uma oferta de 50$00.

Passou a espiritualidade teresiana à geração das Juventudes Católicas, que ajudou a educar, pois foi o seu primeiro Assistente Nacional.

Fundou a obras das Servas da Santa Igreja, em quem procurou infundir o caminho da Infância Espiritual, apresentando Teresinha como modelo a seguir, na simplicidade e no escondimento.

Toda a sua vida de bispo foi encomendada a Santa Teresinha, através do Carmelo de Lisieux. Nela, «a Irmãzinha do Céu», depunha enorme confiança. Porém, algumas vezes, o Arcebispo sofre a noite obscura sentindo-se abandonado de Teresinha e, como beduíno do deserto anseia pelo oásis suplicando-lhe a «chuva de rosas».

Está introduzida a Causa da sua beatificação.


António Corrêa d’Oliveira

Era muito sensível à imagem e mensagem de Santa Teresinha. Escreveu uma obra lírica e dramática — a primeira que no mundo dramatizou teatralmente o culto de Teresinha —, que apresentou como um «milagre em cinco actos». A peça chamava-se «Teresinha» e foi elaborado segundo as técnicas do auto vicentino.

No seu lugar de trabalho em Belinho, Esposende,  tinha um retrato de Teresinha autografado pela Madre Inês de Jesus.


Luís Forjaz Trigueiros
(Escritor)

«Santa Teresinha do Menino Jesus está ligada à minha infância e juventude que evocá-la, mesmo em breves linhas, é uma espécie de reconfortante mergulho no passado. [...] Onde, seguramente, mais se me arreigou o culto da carmelita de Lisieux foi na Igreja de Jesus, que regularmente frequentei até casar e mudar de bairro. [...] Lembro-me da sua beatificação e, logo, da sua rápida, invulgarmente rápida, canonização, já eu andava no liceu.»


Padre Augusto José Marques Soares (1884 – 1970)

Estudou na Casa Pia e no Seminário de Santarém. Ordenado sacerdote e aparecendo o jornal Novidades empreendeu a publicação a publicação de artigos que difundiam a fama de Teresinha. Em 1930 foi nomeado pároco da Igreja das Mercês, Lisboa, onde viveu uma época dourada de apóstolo e promotor das devoções teresianas. Dirigiu o Boletim Mensal de Santa Teresinha e fundo o boletim mensal Rosas de Santa Teresinha que dirigiu até 1961. É o principal promotor do culto a Santa Teresinha no Patriarcado.

Em 1924, trouxe várias relíquias; após chegar a Lisboa encomendou um relicário de prata em estilo manuelino que muitas vezes expôs à devoção dos fiéis. Também em 1924 procedeu à primeira entronização em Portugal duma imagem da Santa, precisamente nos Jerónimos.

Na sua capela particular possuia uma imagem de S. Teresinha de pé sobre uma réplica da Torre de Belém, obra de José F. Thedim.

 

Cardeal Cerejeira

«O Cardeal de S. Teresinha»

O Padre Manuel Gonçalves Cerejeira ao ser sagrado bispo em 1928, escreve à prioresa de Lisieux, implorando as orações da comunidade. Colocou-a como Padroeira do seu episcopado.

Visitou o Carmelo de Lisieux, onde foi recebido pela Irmã Celina que o recebeu afectuosamente, e lhe ofereceu três preciosos objectos: uma relíquia de sua irmã; uma imagenzinha da mesma; e uma caixa contendo manuscritos autobiográficos.

Nas suas armas inscreveu as rosas de S. Teresinha, exactamente três: «as rosas são símbolo de Santa Teresinha do Menino Jesus, a doutora do amor de abandono e confiança no Coração do Senhor.»

A sua vida episcopal decorreu sob o sagrado signo de S. Teresinha a quem chegou a considerar «na sua doce simplicidade, uma miniatura da Virgem Santíssima», porque nem uma nem outra fizeram milagres, senão o de realizar o ideal de Deus que as criara.

Ao morrer ainda teve tempo para escrever: «Possa Santa Teresinha sorrir-me nesta hora».


D. João Evangelista de Lima Vidal

Era grande devoto de Santa Teresinha. recebeu do Papa uma relíquia da Florinha de Lisieux.


Família Brito e Cunha

Tinha residência no Funchal e em cumprimento duma promessa por ter sido salva de um grave acidente construiu a primeira capela que em Portugal se dedicou a Santa Teresinha.


António de Oliveira Salazar

Era assinante da revista Rosas e grande devoto da Santa; desde os tempos de Coimbra mantinha uma imagem no seu oratório particular.


Padre Alexandre de Carvalho

É o primeiro biógrafo português de Santa Teresinha. Viveu em França e escreveu uma biografia para crianças. O livro intitula-se «A Teresinha», foi editado no Porto, em 1925.


Manuel Bandeira

Brasileiro e poeta, muito estimado em Portugal no primeiro terço do séc. XX. Em 1930 escreveu a «Oração a Santa Teresinha do Menino Jesus» (este poema foi muitas vezes declamado por João Villaret e Manuel Lereno):

Perdi o jeito de sofrer
Ora essa.
Não sinto mais aquele gosto cabotino tristeza.
Quero alegria! Me dá alegria,
Santa Teresa!

Santa Teresa não, Teresinha...
Teresinha... Teresinha...
Teresinha do Menino Jesus.

Me dá alegria!
Me dá a força de acreditar de novo
No
Pelo Sinal
Da Santa
Cruz!
Me dá alegria! Me dá alegria,
Santa Teresa!...
Santa Teresa não, Teresinha...
Teresinha do Menino Jesus.


Cónego Formigão

Também conhecido como o grande apóstolo de Fátima. Viajou pela Europa em visita a institutos de vida Religiosa, com vistas à fundação do seu próprio Instituto, que viria a ser o das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. Depois de ter celebrado junto ao túmulo de S. Teresinha, no dia 14 de Outubro de 1933, escreveu: «Lisieux, como Lourdes e Fátima, é um lindo cantinho do céu».


Padre Moreira das Neves

Peregrino de Lisieux. Ainda estudante de Teologia esteve presente na canonização de Santa Teresinha. Escreveu um hino que reza assim:

Santa Teresinha,
Virgem imortal:

Lança tuas rosas
Sobre Portugal!

Somos teus devotos:
Vimos a teus pés
Com a fé do antigo
Povo português.

Lírio imaculado
Do jardim de França:
Faz crescer a doce
Luz da nossa esperança.

Enche as nossas almas
Desse heróico amor
Que tão vivo ardera
Na tua alma em flor.

Através da bruma
Da maré que passa,
Reza a Deus pela nossa
Decaída raça.

Nunca deixes, nunca,
Que o pendão das quinas
Venha a ser mortalha
Dum montão de ruínas.

Santa Teresinha,
Virgem imortal
Dá-nos a tua bênção!
Salva Portugal!


Carlos Alberto Ferreira

É um dos primeiros biógrafos portugueses da Santa. Vivia em Paris e era assíduo peregrino de Lisieux. Escreveu uma biografia: «Santa Teresinha, carmelita de Lisieux», editada em Lisboa, em 1928. No seu livro apresenta a mulher a freira e a santa. A ele se deve a seguinte expressão: «Em Portugal, nunca ouvi dizer santa Teresa do menino Jesus e da Santa face. Ouvi sempre Santa Teresinha do Menino Jesus...».


Maria José de Carvalho Moniz (1909 – 1931)

Era filha dum médico amigo de D. Manuel Santos — «um amigo voltaireano», como o Arcebispo de Évora lhe chamava. Não obstante o laicismo paterno, a partir de 1925 deixou-se envolver pela espiritualidade teresiana. Doente, adormeceu santamente no Senhor, com morte edificante. Antes de morrer, e após ter-se confessado, declarou: «Meu pai, não sou digna de morrer assim, como Santa Teresinha. Se não morrer agora, tenho pena.» E, pouco antes de se finar, ainda balbuciou: «Posso dizer como Santa Teresinha: ‘falta-me o ar da terra, vou respirar o ar do céu. Vá, anda, Teresinha, desprende-me, eu só não posso.»


Mons. Ilídio Fernandes
Diocese de Lamego, n. 1913

Fundador do Centro de Promoção Rural consagrado à promoção da mulher lamecense. Grande e ardente devoto de S. Teresinha, e peregrino de Lisieux. Conheceu-a no seminário onde leu a História duma Alma. Na sua Obra de promoção da mulher propunha o vigor e ardor de S. Teresinha como modelo a seguir. E não lhe era suficiente falar da sua Santa Fantástica, inclusivé peregrinava a Lisieux com as formandas do Centro. Nas dificuldades ainda hoje lhe solicita protecção rezando-lhe diante duma pequena imagem, que sempre guardou consigo toda a vida.

Continua a publicar pequenos escritos sobre S. Teresinha na imprensa regional.


Sãozinha (1923 – 1940)

No seu baptismo sua mãe consagrou-a a Nossa Senhora da Conceição. E quando, aos dois anos, o papa Pio XI canonizou Teresinha, sua mãe consagrou-lhe a sua filha. No seu quarto sempre esteve o retrato de S. Teresinha. Sãozinha consagrou a sua breve vida à arte de seduzir o céu, para que se pai se tornasse um católico praticante. Sua mãe pertencia à Pia União de Santa Teresinha da Freguesia das Mercês.

Era publicamente uma discípula de Santa Teresinha.
Das suas últimas palavras na terra saiu o nome de S. Teresinha.

Sua mãe, como muitos outros peregrinos de Lisieux ao não poder trazer relíquias de S. Teresinha trouxe terra do jardim do Carmelo. Após a sua morte o seu pai converteu-se e tornou-se servita de Fátima.

Muitos outros foram discípulos de S. Teresinha.


 

 

 
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